A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de São Leopoldo, deflagrou na última quarta-feira (4) a sétima fase da Operação Timeo.

A ofensiva tem como objetivo combater crimes de extorsão e lavagem de dinheiro praticados contra empresários do ramo de compra e venda de veículos no Vale do Rio dos Sinos, incluindo o uso de criptomoedas.

De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, foram cumpridos 51 mandados de buscas e apreensões em São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom, Caxias do Sul, Porto Alegre, Tramandaí, Dois Irmãos, Canoas e em Itapema (SC).

Nas primeiras horas da operação, três pessoas foram presas. Munições, uma arma e um veículo foram apreendidos. A Justiça também deferiu um pedido de bloqueios bancários contra os 28 investigados, no valor de R$ 10 milhões e um total de R$100 mil em criptomoedas.

A investigação apontou a existência de um esquema de lavagem de dinheiro mantido por líderes do crime organizado no Vale do Rio dos Sinos.

Empresários eram e ainda são coagidos a pagar mensalidade para o crime organizado, sob pena de sofrerem violência contra si ou depredação das empresas, afirmou o delegado que coordenou a ação, Ayrton Martins Júnior.

Segundo a polícia, as empresas de compra e venda de veículos eram usadas para o recebimento de valores do tráfico de drogas, conforme apurado na investigação. Além disso, um grupo de 43 pessoas recebia recursos de forma fracionada, acima de sua capacidade econômica, caracterizando contas de passagem de valores.

Em abril, a polícia apreendeu R$ 260 mil em criptomoedas de grupo suspeito e bloqueou R$ 13,3 milhões dos suspeitos de extorquir empresários do Vale dos Sinos, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.