Os investidores do Brasil sacaram líquidos US$ 9,2 milhões, R$ 51,15 milhões, dos fundos de investimento baseados em criptomoedas no acumulado semanal de sexta-feira (6). Nesse período, os aportes globais foram de US$ 224 milhões em entradas líquidas, segundo a CoinShares.
O relatório da gestora de criptomoedas atribuiu a desaceleração às incertezas macroeconômicas, já que a semana anterior foi marcada por retração no índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços em maio nos Estados Unidos e farpas entre o bilionário Elon Musk e o presidente Donald Trump. Apesar disso, os fundos cripto se sustentaram no azul pela sétima semana consecutiva com um acumulado de US$ 11 bilhões nesse período.
Além do Brasil, Hong Kong e Suécia retiraram respectivos líquidos de US$ 14,6 milhões e US$ 7,7 milhões na semana passada. No lado positivo, os respectivos aportes líquidos dos EUA, Alemanha, Suíça, Canadá e Austrália foram de US$ 175 milhões, US$ 47,8 milhões, US$ 15,7 milhões e US$ 6,5 milhões, enquanto outros países totalizaram US$ 1,2 milhão em entradas líquidas.
Em um comparativo com a semana anterior, as sucessivas retiradas brasileiras combinadas às variações de preços resultaram em diminuição de US$ 62 milhões para US$ 52 milhões nas entradas líquidas anuais. A retração também era sentida no recuo brasileiro a US$ 1,41 bilhão no total de ativos sob gestão (AuM, na sigla em inglês), ante US$ 1,48 bilhão na aferição da semana anterior, embora o país tenha se sustentado na sexta colocação global. Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Suíça e Suécia fecharam a semana com respectivos AuM de 133,89 bilhões, US$ 6,14 bilhões, US$ 5,95 bilhões, US$ 5,80 bilhões e US$ 3,53 bilhões.
Os líquidos US$ 295,4 milhões mantiveram os fundos cripto em Ethereum (ETH) na dianteira global. Na contramão, o monitoramento feito por criptoativo mostrou que os principais volumes de retiradas líquidas foram de fundos em Bitcoin (BTC), cestas multiativos, Short Bitcoin, Ripple (XRP) e Solana (SOL), respectivamente em US$ 56 milhões, US$ 6,6 milhões, US$ 4,1 milhões, US$ 4 milhões e US$ 2,1 milhões.
Os produtos de investimento com maior volume de entrada líquida semanal foram o iShares Ethereum Trust ETF (US$ 249,2 milhões), iShares Bitcoin Trust ETF (US$ 81 milhões), Proshares Bitcoin ETF-USD (US$ 40 milhões), Coinshares Physical Bitcoin (US$ 29,2 milhões) e Grayscale Etherm Mini TR ETF (US$ 25,2 milhões).
Os fundos cripto com maior volume de saídas líquidas foram Fidelity Wise Origin Bitcoin (US$ -167,7 milhões), Proshares Ultra Bitcoin ETH (US$ -49,5), Grayscale Bitcoin Trust (US$ -40,6 milhões), 2X Bitcoin Strategy ETF (US$ -24,6 milhões) e ARK 21Shares Bitcoin ETF (US$ -24,5 milhões).
Na aferição anterior, os saques nacionais em fundos de criptomoedas ultrapassaram R$ 18 milhões em semana de alta do Ethereum, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.